me chama pelo nome, diz aquilo tudo que não tenho ouvido há tantas luas,

Perdido seja para nós aquele dia em que não se dançou nem uma vez!* Caramba! Há quanto tempo essa sensação tão transcendental não me chegava. Como te celebro, movimento! Fecha os olhos e deixa o corpo seguir o ritmo da melodia, deixa os pés traçarem suas batidas no chão, deixa a música alta, abre os braços, abre os olhos e dança! Se joga no existir livre! Eu voltei a dançar, pessoa. Olho fixamente com fome e desejo de correr prados e corpos e bocas e histórias, todas as narrativas possíveis, descoreografadas ou ensaiadas. Faz um ritual, me convida, me chama pelo nome, diz aquilo tudo que não tenho ouvido há tantas luas, repara as nuvens e me conta outra vez aquele texto que sei de cor. E falsa seja para nós toda a verdade que não tenha sido acompanhada por uma risada!* Me deixa passear onde tudo esteve adormecido, recolhido como um embuá. Nos permitamos não achar saída alguma no amor, pra que tudo seja ninho, pra que tudo voe e que nossa risada, em gozo, em choro e em sentir as palavras se apossando do corpo, possam nos dizer, possam nos dançar em todo o tempo e espaço.

*Friedrich Nietzsche

Um comentário sobre “me chama pelo nome, diz aquilo tudo que não tenho ouvido há tantas luas,

  1. Isso foi, entre outras circunstâncias, sugestivo.
    Entretanto me colocou num estado estonteante.
    Você pode perceber na minha ousadia em aproveitar esse canal pra solicitar sua ajuda no sentido de me colocar em contato com teu pai (Neto Lima). Fomos contemporâneos na Antártica e na QITQuímica. Preciso falar com ele.
    Não vou perder a oportunidade de dizer que você é show e te desejar boa sorte.
    Abraço.

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